Ditadura Relativa e Negacionismos: Brasil, 1964 (2016, 2018...) - Marcos Silva

Coleção Escola Com Partido 

Ditadura Relativa e Negacionismos: Brasil, 1964 (2016, 2018...) - Marcos Silva. Maria Antonia Edições, 2021.

 

Preço de capa: R$ 54
 
Preço com desconto: R$ 35

Dimensões:12,5 x 21 cm
Peso: 212 gr.
Número de páginas: 160


Para adquirir o livro, preencha o formulário de pedidos acessando o seguinte link: https://forms.gle/UWdEmasPxmFY57VD8. Após recebermos a resposta ao formulário, enviaremos um e-mail com os detalhes para o pagamento. Os pedidos são processados e postados quinzenalmente. A Maria Antonia Edições não é uma empresa. Somos uma editora pequena, com poucos recursos e dispomos de trabalho exclusivamente militante. Por isso, pedimos compreensão quanto ao prazo no processamento dos pedidos.


Conteúdo:

As interpretações sobre a ditadura militar brasileira seguem em aberto. Não se trata apenas de julgar responsabilidades de operadores e mandantes de crimes cometidos pelo regime encerrado em 1985 – tarefa não enfrentada por nenhum governo de lá para cá -, mas de constatar que o ciclo iniciado pelo golpe de 2016 representa a repetição da História como chanchada. O chamado “mito”, eleito dois anos depois, esforça-se por criar uma mitologia heroica dos 21 anos de chumbo através do esculacho da memória coletiva.

Reinterpretar e redefinir os que foram aqueles tempos significa mexer em camadas entrelaçadas do tempo histórico. Apesar de trabalhos respeitáveis, as quase quatro décadas que nos separam do último general a usurpar a chefia do Executivo foram férteis também na criação de narrativas enviesadas, que saltam da ditabranda para a hagiografia de personagens em busca de lavar a própria biografia com tinturas civilizadas.

Diante de tais atores, Marcos Silva é implacável nesse Ditadura relativa e negacionismos – Brasil, 1964 (2016, 2018...). Sua borduna intelectual começa no título, clara paráfrase do inesquecível conceito de ditadura relativa com que nos brindou o general Ernesto Geisel, semanas após fechar o Congresso, em abril de 1977.

Relativa, para Marcos, é boa parte da historiografia sobre o regime fardado, tida como canônica por parte da mídia e da academia.

A partir de sólida bagagem intelectual e cultural, o historiador passa a lupa em obras de Elio Gaspari e Marcos Napolitano e assinala que embora se paute pelo distanciamento interpretativo, o fazer História não pode ser ambíguo em situações limite. Pisar na democracia, rasgar a Constituição e tingir a vida política com sangue são gestos diante dos quais toda tergiversação é cúmplice.

Marcos Silva honra o ofício de historiador num livro escrito com métrica e paixão.


Gilberto Maringoni – Professor da Universidade Federal do ABC


 


 

 

 

 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

É claro que se pode atirar neles - Ulrike Meinhof

Escritos Estratégicos - Wilson Barbosa